Conheça Rafael Leite do Canal Xadrez Brasil

“Faço o que faço por paixão, não espero nada em troca”
Sorriso de quem faz o que gosta, e faz muito bem!
“Fala galerinha do xadrez!” Quem ainda não conhece essa saudação inicial está perdendo tempo! Assim são iniciados os vídeos do canal Brasil Xadrez no Youtube, sempre na voz de seu criador Rafael leite.
Rafael conseguiu criar o maior canal de xadrez do Brasil em número de inscritos! Alguns podem achar que é uma tarefa fácil, mas não é! Para se ter uma ideia, o canal de Rafael tem hoje mais inscritos que o canal do GM Daniel King, o Power Play, sendo que a audiência de King se estende a todo o mundo, pois seu conteúdo é em língua inglesa, enquanto que Rafael trabalha numa base de usuários bem menor, que são os falantes da língua portuguesa.
Isso é só um dos fatores que atestam a qualidade do trabalho dele! São vídeos que usam o formato de análise de partidas completas, num ritmo que algumas vezes lembra uma animada narração de futebol e, é claro, ensinam dicas valiosas das diferentes fases do jogo para as milhares de pessoas que acompanham o canal.
Rafael gentilmente reservou um tempo para responder algumas questões que nos ajudarão a entender um pouco de suas ideias e motivações, tanto no xadrez quanto na vida!
1) Rafael, fale um pouco sobre você, em especial aquilo que não tem a ver com xadrez.
Sou um cara comum. Casado, pai de uma filha, trabalhador. Sou caseiro, tranquilo, amo a vida e as pessoas. Meu sonho é construirmos um mundo bem melhor. Avante!
2) Você conhecia o blog Lances Quase Inocentes (LQI)?
Não conhecia, fiquei admirado com a qualidade do conteúdo do blog, já estou acompanhando.
 
3) Como você aprendeu xadrez e como esse jogo se tornou importante na sua vida?
Aprendi aos 5 anos de idade com meu pai e meu avô materno. Jogava com meu irmão e meu pai em casa. No entanto, acredito que eles não gostavam do tanto jogo quanto eu. Sempre pedia para jogar, mas acabávamos fazendo outras coisas. Na época não havia internet (nasci em 1982), então simplesmente coloquei essa paixão “em espera”. Somente aos 14 anos, mudei de colégio e na nova instituição havia aulas de xadrez. Por acaso, um amigo me pediu para entrar lá certo dia, pois ele tinha esquecido a mochila, entrei na sala de xadrez com ele para esperá-lo e foi assim que redescobri essa paixão. Me tornei aluno, em poucos meses já vencia o professor, e saí jogando torneios, Paulista, Brasileiro, Interclubes pela AABB, e passei a ser um frequentador ativo do CXSP (Clube de Xadrez de São Paulo). Por 3 anos, estudei em torno de 6 horas por dia. Depois veio cursinho, faculdade, namoros, acabei deixando mais uma vez o xadrez de lado. De 1 ano pra cá, a partir de 2018, resolvi tirar a paixão da gaveta e criei o canal Xadrez Brasil no YouTube, para extravasar tudo o que ficou acumulado uma vida toda. Deu certo, em menos de 5 meses eu me tornei o maior canal de Xadrez do Brasil, com mais de 50.000 inscritos. Acredito que aquilo que se faz com verdade e paixão, é percebido pelo público.
 
4) Você compete ou competiu regularmente em torneios ao vivo, ou prefere eventos e partidas online?
Entre 1997 e 1999 competi regularmente em torneios ao vivo por todo o Brasil, viajava praticamente todo mês. Há 20 anos que não participo de um torneio, mas neste ano (2019), vou jogar o Campeonato Brasileiro Amador em Junho. Não vejo a hora, é uma experiência incrível jogar torneios.
 
5) Gerar conteúdo sobre xadrez é uma tarefa árdua, pois a audiência é bastante crítica e seletiva e o retorno ao tempo dedicado costuma ser baixo. Qual tua motivação para superar essas dificuldades e ter um hoje um canal consolidado de vídeos de xadrez?
Faço o que faço por paixão, não espero nada em troca. Gosto de expor minhas análises, o contexto histórico, mostrar a evolução do jogo ao longo dos séculos, ajudar a desvendar os incríveis mistérios desta arte-ciência que é o xadrez. Gosto de explorar este mundo de beleza do xadrez, que quanto mais acompanhamos, mais enxergamos a sua grandiosidade e infinitude.
6) Você é um consumidor de livros de xadrez, ou sua geração já usa aplicativos e vídeos como principal forma de aprender sobre o jogo?
Aprendi sem internet, era debruçado em livros e tabuleiro mesmo. Sou a favor de estudar com peças e papel. Mas entendo que o mundo mudou. Hoje em dia, tudo acontece de forma mais dinâmica. Ficava sugerindo a meus amigos que queriam aprender xadrez a comprarem livros, tabuleiro e estudar. Todo mundo acha legal o plano mas acaba não fazendo, não dá tempo, não é prático. Para resolver isso, estou criando uma Academia Online de Xadrez, a Academia Xadrez Brasil, que será inaugurada em maio de 2019. Com aulas interativas online, a ideia é passar este conhecimento que existe em livros, de forma dinâmica, prática, simples e interativa. O aluno poderá aprender onde estiver, no metrô, em casa, no sítio, na praia etc, sem precisar de mais nada além de um celular, tablet ou computador.
Visão geral do canal Xadrez Brasil
7) Por que um canal no YouTube e não um blog?
Minha expressão flui mais facilmente em vídeos. Não tenho muita facilidade de extravasar tudo o que sinto de outra forma. Em vídeo, consigo ser espontâneo, mostro meus acertos, meus erros, minhas emoções, tudo de forma natural, sem passar borracha. Mas tenho vontade de ter um blog também, para uma outra forma de expressão, mais documental. O que me falta hoje para isso é tempo.
8) Pode deixar uma mensagem final para os seguidores do teu canal e os leitores do LQI?
Xadrez é encantador. Um mundo de beleza onde a arte imita a vida. Mas como tudo na vida, precisa de equilíbrio. Saiba caminhar.
Rafael, o LQI agradece pelo tempo que dedicou para responder às perguntas e te parabeniza pelo primoroso trabalho. Abraço! 

19 comentários em “Conheça Rafael Leite do Canal Xadrez Brasil”

  1. Rafael,

    Moro em Itajubá, sul de Minas Gerais. Tenho 80 anos de idade, casado, dois filhos e 4 netos, aposentado do Banco do Brasil, advogado e professor de inglês. E, naturalmente, um apaixonado pelo xadrez, a par de já ter escrito alguns livros sobre este jogo imortal (alia´s, 3 livros publicados e um de tradução, de autoria de Frank Brady, intitulado FINAL DE PARTIDA – sobre os últimos dias de Bobby Fischer em Reykjavik, Islândia, morrendo em 17 de janeiro de 2008, aos 64 anos – e este é o número de casas de um tabuleiro, o que significa que foi a última homenagem do grande campeão mundial à paixão de sua vida (e não é de espantar que sua mãe se chamasse REGINA, que significa RAINHA, em latim…).

    Seguinte, Rafel: acompanho sempre seus videos. Não vou chover no molhado, elogiando o que você faz e faz tão bem. Só gostaria que você, por gentileza, me mandasse seu endereço, a fim de eu lhe remeter meu livro mais recente – OS QUATRO MOSQUETEIROS DO REITOR – uma história tendo como pano de fundo o xadrez, quando Sherlock Holmes tenta desvendar um assassinato baseando-se apenas numa posição de um problema do jogo. Tal problema, no entanto, mostra-se de um dificuldade exponencial – e ele até mesmo apela para o então Campeão Mundial, Emanuel Lasker (estamos falando de 1905…), juntamente com o grande campeão americano Harry Nelson Pillsbury, para que estes o ajudem. E nem mesmo tais sumidades do tabuleiro falham na missão E agora? Como resolver o caso? Ou não terá solução? !

    Bem, não vou lhe dar um “spoiler”, pois o ideal é que você leia, num momento de folga, e se divirta com o caso todo. Estou entrando em contato com você para que, se possível, se for de sua apreciação, fazer uma propagando da obra e, de meus direitos autorais (10,00 por volume, da editora CLUBE DE AUTORES, dividiremos meio a meio. Não se i se será de seu interesse, mas esta é a proposta. Se quiser verificar a obra, digite por favor CLUBE DE AUTORES e, quando aparecer o site, há um retângulo pedindo o nome da obra ou do autor. Basta clicar ADAILTON e os livros vão aparecer, juntamente com as 3 obras que ali está à disposição de eventuais leitores.

    Poderemos “conversar” mais longamente sobre a proposta, através de meu e-mail

    ajchiradia@yahoo.com.br

    Em tempo: eu poderia entrar em contato com o Rafael Leitão, de São Luiz do Maranhão, ou de um gaúcho (cujo nome me foge, no momento), mas preferi fazê-lo primeiramente com você, pela admiração de sua competência no trato do jogo que é nossa paixão.

    Obrigado, antecipadamente.

    Um abraço,

    Adailton J. Chiaradia
    Itajub´ MG

  2. Rafael parabéns por sua dedicação ao xadrez e pela importância do seu canal no YouTube, crucial para o Brasil ganhar mais visibilidade em nível mundial, porquanto estimula significativamente a prática deste apaixonante jogo, além de contribuir para o seu aperfeiçoamento.

  3. Ola Rafael leite , meu nome é Sebastião Evangelista ,sou um apaixonado pelo xadrez desde criança ja fui campeão em minha cidade em dois torneios , eu assisto aos teus videos e gosto muito da maneira como voce relata as partidas e estuda é uma paixão grande que tenho quero participar e jogar on line mas nao sei como fazer ou se tenho que baixar algum app
    ??? conto com sua ajuda ai pra me integrar nesse mundo ok um abraço

  4. OI Rafael

    Curto muito vc e seus vídeos, sou inscrito no canal, e tenho certeza, vc com sua simpatia, simplicidade e conhecimento, tem ajudado muito a divulgalçao do xadrez no Brasil.

    Mas te mando este comentário para te dar uma dica e não é de xadrez mas sim de pronuncia de nomes estrangeiros. No google tradutor tem um símbolo que pronuncia a palavra no idioma original. Ouve-se a gravação. Pois bem, a pronúncia do nome Max Euwe se fosse alemão, seria ¨Max Oive¨, o ¨eu¨em alemão se fala ¨oi¨, só que o Max Euwe é holandês, lá no google, consta que se fala, Max Euwe, assim direto, com o W meio dobrado, e não o V português, mas importante, não se fala como alemão e nem tampouco como vc pronuncia ¨Max Iuve¨( como vc diz.), vai lá no google tradutor e checa. ABS.

    1. Boa noite, o Rafael pediu pra eu responder, vou passar meu contato e posso te ajudar a colocar o xadrez na sua escola, 32 99116-7786, Heli, diretor do Sistema-X de Xadrez Escolar

  5. Parabéns pelo trabalho, nosso país precisa de pessoas como você, que trás uma arte para um público que sabe a importância do jogo inclusive pra formar caráter e aprendizado que poderia ser visto pelo governo e introduzido na escola pública.

  6. Sou péssimo jogador. Mas adoro assistir aqueles que sabem jogar. Ver os jogos comentados e as lições do Rafael é uma delícia. Parabéns. Que continue.

  7. Voltando aos poucos a aprender o xadrez, o canal do Rafael é simplesmente esplendoroso, da pra sentir o amor que ele tem pelo trabalho. Engraçado que foi o meu filho de 7 anos a menos de um mês que me falou que estava aprendendo o xadrez eu logo comprei um super tabuleiro de 60 x 60, e estou ensinando ele, e resolvi procurar no youtube querendo aprender mais, e encontrei esse magnifico trabalho do Rafael.

  8. Sensacional trabalho! Parabéns!
    Paixão pelo que se faz é tudo!
    Simplicidade, humildade e talento!
    Continue!

  9. Rafael, parabéns pelo seu canal. Tenho acompanhado tudo pelo Youtube. Está ótimo.
    Meu amigo, recebi um anúncio que se abriu inesperadamente sobre a abertura apocalipse e achei muito interessante. Infelizmente não salvei. Tenho procurado, mesmo no YouTube, e não encontro. Você não postou? Gostaria muito se pudesse enviar por e-mail. Desde já agradeço. Um grande abraço.

  10. Rafa Parabéns pelo teu canal e a tua paixão por esse esporte maravilhoso. Joguei de 1965 até 1070 frequentei o CXF nasci 1949 aqui em Florianópolis. Deixei o xadrez por Que comecei a gostar de namorar e ir a bailes. Voltei a jogar agora com 70 anos. Continue firme garoto!

  11. Parabéns, sua forma de explicar tem é ótima, bem.natiral, tem me motivado a voltar a estudar com mais motivaçâo o Xadrez. No Brasil é realmente necessário difundir com maestria esse jogo-arte-ciência, e isso você faz muito bem! Deus abencoe o seu magnífico trabalho!

  12. Boa tarde Rafael.
    Já jogo xadrez há algum tempo, quando ainda morava no Rio de Janeiro, posteriormente fui pra Maceió,e fiquei por lá uns 15 anos , retornando agora para Varginha (MG), onde também já residi nos anos 80.
    Sou um “capivara assumido e de carteirinha” e minha maior glória no xadrez foi uma derrota, quando ainda estava ro Rio: simplesmente fui derrotado pelo GMI russo Leonid Stein, quando esteve no Brasil, juntamente com Yuri Averbach, cuja partida ainda tenho guardada como uma relíquia. Estou em dúvida se ele era GMI ou MI.
    Voltaremos a nos falar e parabéns pelo que você faz pelo “ajedrez”.

  13. Legal, Rewbenio.
    Eu já conhecia o Rafael Leite, e sou um dos seus milhares de inscritos.
    Ele realmente comenta as partidas com muita simpatia e paixão pelo jogo.
    Um abraço.

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