O Xadrez do reencontro

Fonte: http://www.themarysue.com/names-of-chess-pawns/ 
Encontrar velhos amigos, pessoas do nosso passado que por algum motivo ficamos anos sem rever, reaviva antigas sensações e emoções. Por alguns instantes esquecemos que o tempo, assim como os peões no xadrez, só tem um sentido, e parece que temos ainda toda a vida pela frente, todos os peões em suas casas iniciais.

O tempo se move conforme as escolhas que fazemos, se jogamos um peão uma ou duas casas, ele jamais retrocede. Uma escolha na vida raramente tem volta.

Hoje, nossas vidas tomaram seus rumos, os rostos de todos guardam semelhanças inconfundíveis com as crianças que fomos. No reencontro, discutimos nosso presente, lembramos do passado, somos todos enxadristas mostrando como jogamos a partida da nossa vida até aqui, expondo nossos planos, orgulhosos dos acertos, críticos com os erros, esperançosos com os lances a frente.

Jogamos o xadrez da vida como quem aprendeu agora mesmo os rudimentos do jogo, somos experientes iniciantes que, por um momento belo de confraternização, se sentem recomeçando, capazes de tudo novamente, por algum breve lapso, uma doce ilusão.

Na despedida, tudo retorna ao ponto atual, peões avançados, escolhas tomadas, dias vividos. Já ansiamos o novo reencontro, uma nova trégua, quando poderemos novamente brincar de retornar os peões, e repetir todos os lances, uma vez mais.

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