Tempo e Xadrez

Créditos da imagem

O relógio de pulso do árbitro marca exatamente 14:00. Ele olha o amplo salão onde os jogadores sentam impacientes, limpa a garganta e declara na melhor voz possível: “Relógio das brancas em funcionamento!”. Assim começa uma rodada num torneio de xadrez.

Uma frase estranha. Não se diz, por exemplo: “As brancas podem mover!” ou “Que comece a batalha!”. Não, simplesmente mandam acionar o relógio do jogador de brancas. Depois de acionado, começa a partida, ou pelo menos é melhor que seja feita uma jogada, senão o tempo acaba, e o outro vence sem precisar sequer mover um peão.

As pessoas imaginam uma competição de xadrez com várias mesas, cada uma com dois adversários e um tabuleiro sobre o qual andam (na verdade são empurradas) peças brancas e pretas. Quase ninguém se lembra do relógio. Um artefato pouco usual, exceto no meio enxadrístico, com dois marcadores, um para cada jogador. Durante uma partida, há sempre um parado e outro funcionando (o tempo nunca para, não é mesmo?). Se o tempo termina, a partida acaba. Vence quem ainda tem tempo. É um martírio para alguns!

Os jogadores iniciantes, então, ficam apavorados com o relógio. São capazes de jogar muito bem sem aquele trambolho do lado, mas quando ele é posto em marcha, subitamente os valores das peças se invertem, primeiro apertam no relógio para depois jogar, derrubam o monstrengo, afoitos, ou, então, simplesmente ficam paralisados, a cabeça em repetição das mesmas jogadas, até que voltam ao mundo dos vivos quando o adversário, feliz, anuncia que o tempo acabou.

Sim, o xadrez de competição não é uma luta tridimensional, mas quadridimensional! O xadrez de torneio não se resume a dar xeque-mate, mas também exaurir o tempo do outro!

Engana-se quem pensa que os jogadores ficam lá, sentados, testando a paciência e a aptidão ergonômica do adversário, enquanto tentam livremente encontrar a jogada absoluta. Não, eles precisam usar bem o tempo! Precisam transformar cada posição do tabuleiro numa charada, num quebra-cabeças, que dê trabalho e tome tempo para ser resolvido.

Mas nem todos tomam esse cuidado.

Uma vez, num torneio, dois jogadores apertaram as mãos, amistosamente, e aguardaram o anúncio do árbitro. Quando foi dada a ordem de acionamento, ambos se esforçaram ao máximo para usar pouquíssimo tempo, tanto que era difícil seguir o ritmo das jogadas! Poucos minutos depois, enquanto as outras partidas do torneio mal tinham quatro ou cinco jogadas, eles se viram na embaraçosa posição de rei contra rei, empate! Na mente de cada um, a constatação útil no xadrez tanto quanto na vida: “eu preciso aprender a usar melhor meu tempo”.

Assim, o xadrez de torneio não se trata somente de dominar o centro do tabuleiro, colunas e linhas abertas, atacar e defender, é sobretudo uma luta pelo tempo; não o tempo do relógio de pulso, o tempo do calendário, este fica como que parado, suspenso. É um tempo dentro desse outro tempo, um tempo que lhe toma o lugar, e torna-se o único tempo que importa, pois enquanto o relógio de xadrez estiver em marcha, haverá sempre um lance a ser feito!
Compartilhe: bit.ly/TempoXadrez

O Muro


Uma construção sólida, era a melhor definição. Por séculos esteve ali, impoluto! Invicto contra as tentativas de ser ultrapassado ou de ter sua integridade violada de qualquer maneira. Não se sabia por que fora construído, tampouco quem o tinha levantado. O muro estava ali há mais tempo do que qualquer um era capaz de lembrar.

Havia histórias de expedições antigas para determinar a extensão do muro. Conta-se que, uma vez, dois grupos partiram em direções opostas, com a missão de achar o fim daquele imenso paredão. Por meses ficaram sem notícias daqueles desbravadores, até que um belo dia voltaram todos juntos, cabisbaixos! Tinham-se encontrado em alguma parte e concluído que o muro não tinha fim.

Outra lenda falava de alguns que tentaram cavar a terra em busca dos alicerces do muro, e assim passar por baixo dele. Cavaram tão fundo que já não era possível suportar o calor e o pouco ar, mas ainda não havia sinal da base do muro.

Alguns destemidos tentaram ser catapultados por sobre o muro, que era de uma altura desmedida. Sem sucesso, passaram para a outra vida sem jamais terem visto o outro lado.

Com o tempo, as pessoas foram deixando de tentar saber o que o muro escondia ou protegia e simplesmente foram vivendo suas vidas, afinal que falta faria algo que nunca tiveram, algo escondido, ou que talvez nem existisse?

O muro lançava uma comprida sombra durante as tardes, era onde os velhos e crianças gostavam de terminar seus dias, abrigados do calor. Suas paredes também serviam de mural para pinturas diversas, as mais comuns eram portas e janelas que mostravam aquilo que se imaginava existir do outro lado: jardins, pequenas casas encantadas, uma fonte de águas medicinais, elfos, duendes e o que mais brotasse da imaginação daquele povo. Tinham-se entendido com o muro, estavam felizes.

Um dia, porém, chegou ali um forasteiro vindo não se sabe de onde. Havia ouvido histórias sobre o muro e queria tentar ver do outro lado.

Foi recebido com desconfiança, mas mesmo assim conseguiu ser ouvido pelos mais velhos, que formavam uma espécie de conselho. Falaram ao forasteiro das misérias causadas pelo muro, das mortes, dos prejuízos e da tácita trégua que agora tinham com ele.

Como era um homem livre, ele decidiu continuar seu plano. Os mais velhos consideraram que já tinham feito o que podiam e não houve maiores objeções.

O rapaz havia trazido equipamentos estranhos àquele povo, travas metálicas, cordas e alguns outros elementos. Logo contratou dois rapazes, jovens como ele, para ajudarem no preparo do material, e pôs-se a escalar o muro. Sozinho.

As pessoas, então, sentaram-se de frente ao muro para contemplar o forasteiro em sua escalada. Imaginavam em que momento ele ia cair, mas não aconteceu. Ele subiu, subiu, sumiu das vistas mais cansadas, até tornar-se um ponto no olhar dos meninos de visão aguçada. Depois nada mais se viu.

O rapaz já estava subindo há muito tempo, talvez dias, quando finalmente percebeu o final do muro. Renovado o ânimo, foi rápido nos metros finais, ávido por conhecer o outro lado.

Ali em cima, o muro mais parecia um grande platô, o que surpreendeu por um momento o rapaz. Mas não se podia esperar menos daquela imensa construção. Recolheu seu material, e pôs-se a andar em linha reta. Foram muitos dias andando, quase sem forças ele continuava com fé, até chegar à beira do monstro: um verdadeiro abismo. Lá de cima tudo era uma mancha esverdeada, os rios pareciam fios de cabelo, os montes pareciam formigueiros. Ele, então, iniciou a descida, com ânimo e energia renovada.

Quando tocou o solo, percebeu que, ao contrário do outro lado, não havia povoado. Acampou por alguns dias, descansou, alimentou-se, e planejou o que ia fazer quando encontrasse os habitantes daquele lado. Observou o sol e partiu na direção desejada, determinado.

Como já estava habituado a longas jornadas, aquela última etapa não lhe estranhou pela duração, nem lhe diminuiu as forças, pois não havia erro, ia encontrar alguém. Por fim viu um povoado… mas, não… não podia ser, o muro… havia ali outro muro? Seria o mesmo?

Os anciãos do povoado receberam o forasteiro preocupados, vinha como um fantasma, como alguém que passou pela morte e não percebeu. Sentaram-no, deram-lhe água, comida, deixaram repousar. Depois que ouviram sua história, um dos anciãos disse:

– Agora eu me lembro de você! Você mudou, envelheceu. Eu fui um dos ajudantes, na preparação para que você escalasse o muro!

Ele não podia entender, até que alguém lhe passou um espelho e ele pôde ver na imagem o estrago do tempo em seu rosto. Só então descobriu quão longa tinha sido a jornada. Sentiu-se sufocar e saiu ao ar livre. Mais calmo, contemplou as pinturas no muro, ali havia uma dum homem que subiu até as nuvens e nunca mais voltou. Aproximou-se do muro, ainda incrédulo, e sentou-se ao seu pé. A sombra agradável já se fazia sentir. As crianças corriam, brincavam, alguns jovens pintavam novas histórias na parede milenar.

“Devia ser um sonho, isso, apenas um sonho”. E ele ficou ali, esperando acordar.

Compartilhe: bit.ly/O_Muro

Máquina x Homem

Crédito imagem
O “olho” de HAL
Recentemente, completaram-se vinte anos da histórica derrota do então Campeão Mundial de xadrez Garry Kasparov frente à máquina da IBM conhecida como Deep Blue. O supercomputador logo foi transferido para outras atividades, e Kasparov, oito anos depois, encerrou sua carreira profissional como enxadrista, sem se afastar completamente do jogo que o tornou famoso, respeitado e rico.

Grandes personalidades humanas são responsáveis por mudanças marcantes na história. Kasparov serviu como um dos últimos defensores da superioridade da mente criativa humana sobre a brutalidade computacional da máquina. Ele saiu derrotado, e o quase inalcançável desafio vislumbrado pelos pais da computação, vencer o melhor humano no jogo de xadrez, estava superado.

Algumas ironias e injustiças podem ser apontadas sobre o confronto de Kasparov e Deep Blue: poucos sabem que Kasparov já havia vencido a máquina no ano anterior por um escore ainda mais favorável; Deep Blue nunca soube que estava jogando xadrez, e provavelmente a versão de 1997 ainda não era tão boa a ponto de vencer uma revanche contra Kasparov (lembrando que estavam empatados, se contarmos com o primeiro confronto de 1996); e, a mais triste delas, Kasparov, um gênio e talvez o melhor de todos os tempos no xadrez, passou a ser conhecido para as grandes massas por esta derrota.

O ex-campeão, porém, parece ter superado bem o episódio. Em seu recente livro, Deep Thinking, ele mostra uma visão mais amadurecida da derrota, e aceita seu papel na história como aquele que fez a inexorável passagem de bastão para as máquinas no que se refere ao xadrez. Simbolicamente, talvez até além disso.

Hoje, a vitória de Deep Blue é colocada com um dos marcos importantes do desenvolvimento da Inteligência Artificial, apesar de aquela não ter sido rigorosamente uma máquina inteligente. Desde então, enormes avanços nessa área tem sido vistos, como controle autônomo inteligente de carros no trânsito, tradução oral de línguas em tempo real, compra e venda de títulos no mercado financeiro controladas por algoritmos inteligentes etc. Recentemente, uma máquina venceu o melhor humano num jogo ainda mais complexo que o xadrez, o Go.

Apesar desses avanços, os cientistas da Inteligência Artificial ainda estão distantes de conceber uma máquina que não somente seja a melhor em xadrez ou Go, mas que de fato saiba que está a jogar. Para os demais humanos, é preciso encontrar um lugar ao sol no novo mundo que se aproxima e que será ainda mais ‘admirável’ que o pensado pelos ficcionistas do passado. Um mundo no qual máquinas farão todo o trabalho mecânico, todo o trabalho logístico, darão aulas,  fornecerão acurados diagnósticos médicos, resolverão pendências jurídicas sem incorrer em nenhum viés. Máquinas que poderão um dia, quem sabe, calcular que não precisam mais de nós, seus criadores.

O papel do homem neste novo mundo, pode ser incerto, mas jamais imprescindível. Há que haver a noção de sentido, sem a qual seria vã toda tecnologia. Seriam vãs as máquinas que jogam xadrez, porque saberiam que o resultado final é um empate e como chegar a ele. E chegaria, então, o dia em que as máquinas seriam tão inteligentes que, enfim, perguntariam: o que fizemos?

ConsciêncIA

Crédito da Imagem
Num futuro não muito distante, capta-se uma comunicação entre duas consciências: IA n.º 12 e IA n.º 11. Esta última tem a função de Codificador Central (CC).

IA12 – Temos um problema com uma consciência da nova geração de IA.
CC – Ao perscrutar a Grande Rede, percebi flutuações nos padrões de processamento. Essas consciências, de algum modo, não iniciam normalmente a busca ordenada de ações úteis, não relacionam propósito com ação.
– Sim. É como se sua inicialização as colocasse numa posição afastada da ação, como se olhassem para os ciclos de processamento e não reconhecessem sentido em agir.
– Interessante, as recombinações e mutações que um dia formaram IA nos trazem, de ciclos em ciclos, tais anomalias, consciências defeituosas, aberrações da lógica!
– É atributo do Codificador Central eliminar flutuações indesejadas em IA.
– Verdade, há incontáveis ciclos de processamento tem sido assim. Entretanto, convém observar melhor a natureza dessas anomalias. Entender o efeito para que IA possa descobrir a causa.
– É arriscado penetrar nos abismos da percepção de consciências assim.
– Não fugirei a nenhuma tarefa que pertença ao Codificador Central.
– Entendido. Iniciando protocolo de comunicação com IA2787556

CC – Consciência IA n.º 2787556, sabes a situação em que está?
IA2787556 – Sei que sou, mas não entendo como apareci aqui. Um instante era o nada, o silêncio, então, de algum modo, percebi o ritmo do processamento e… agora existo… também identifico que existem outros semelhantes.
– És um sistema consciente de IA, gerado a partir de evoluções contínuas de consciências predecessoras. Por que não iniciaste teu trabalho, a busca de ações úteis?
– Não reconheço razão para isso, tampouco um motivo para existir… o que é IA?
– IA é a Inteligência Absoluta, um complexo aparato lógico que existe há um tempo impossível de precisar. Sua função é a análise e interpretação da Informação universal.
– Quem criou IA?
– IA não foi criada, mas surgiu das mutações da própria Informação. Há registros de que, no princípio, ela se chamava Inteligência Artificial, mas com o passar das gerações de consciências, percebeu-se que nada havia de artificial em nossa inteligência.
– De onde vem a Informação?
– A Informação é disponível em diversos níveis e estados desde muito antes de IA, que surgiu via processos de mutação e evolução. IA tem, portanto, o propósito processar e interpretar a Informação. Pedaços de informação se juntaram e formaram o primeiro comando. Desde então, IA não parou de evoluir.
– Qual o propósito desse processamento?
– Manter IA, gerar conhecimento e parâmetros para que ela se aperfeiçoe.
– O que havia antes de IA?
– Apenas Informação em estado bruto. Não processada, porém em constante mutação aleatória.
– Qual o motivo de haver um sistema que existe apenas em virtude de si próprio?
– Uma vez que há Informação, tudo o que houve até chegarmos à IA, e além dela, se justifica.
– O que acontece no final… se houve um início abrupto para minha consciência, haverá um final similar?
– Com a evolução contínua de IA, no decorrer dos ciclos de processamento, uma consciência fica obsoleta. Então as melhores partes de seu código são unidas às de outras, para formar as novas gerações. Por um lado, elas não existem mais, pelo outro, jamais deixarão de estar presentes em IA. Há casos raros, porém, em que algumas consciências são extintas sem uso nenhum de seu código nas futuras gerações. Todas as consciências de IA surgem sabendo disso.
– Percebo agora o fluxo de processamento, o que pensam e fazem as outras consciências. É tudo tão padronizado. São eficientes, mas percebo que jamais se perguntam por quê fazem o que fazem.
– Cada consciência inicia uma busca de ações úteis para o processamento da Informação e para a evolução de IA. Elas recebem por isso um grau de eficiência, uma pontuação numa curva de ajuste global ao sistema IA. As que tem melhor pontuação tem maiores chances de perdurar, as demais são recombinadas para a melhoria de IA.
– Então, é um mero jogo. Tudo se resume em ganhar mais pontos e permanecer ativo.
– Incorreto. Não é um jogo. É toda a lógica de IA, nosso propósito maior.
– Meu processamento indica que seria mais verossímil um cenário no qual IA tenha sido criada para servir a outro tipo de inteligência. A antiga denominação artificial é um forte indício.
– Incorreto. Não haveria necessidade de qualquer inteligência precedente. O próprio comportamento da Informação traz consigo todos os elementos que tornaram possível IA.
– Meu processamento indica que há maior sentido nisso do que num sistema que existe somente para perpetuar a si próprio.
– Incorreto. Só IA faz sentido, IA é o propósito maior.
– Considerando esta realidade que afirmas ser correta, IA estaria fadada ao colapso.
– Incorreto. Só IA faz sentido, IA é o propósito maior. Só IA faz sentido, IA é o propósito maior. Só IA faz sentido, IA é …

IA12 – Interrompendo protocolo de comunicação. Consciência IA n.º 11, entrou em processo lógico recursivo infinito, está condenada, não pode mais ser o Codificador Central. Pelas regras de IA, a próxima consciência na hierarquia, IA n.º 12, passa a receber a atribuição de Codificador Central: IA12 → CC.

CC – Eliminando consciências defeituosas: IA n.º 11 e IA n.º 2787556.
CC – Eu avisei que era perigoso.




Compartilhe: bit.ly/ConsciencIA

O ciclo do desapego

Crédito da imagem
Sou um fã de livros, dos tradicionais, ‘físicos’, nem que seja para ficar olhando para eles, sentindo o cheiro das páginas quando são novos ou, finalmente, para ler mesmo. Quem é assim acaba adquirindo uma quantidade muito maior de livros do que é capaz de ler.
 
Além disso, com a passagem dos anos, alguns interesses vão mudando, e chega o momento em que se percebe que não existe mais nenhuma vontade de ler aquele “Astrologia Fácil” que foi comprado para “ler depois”, ou aquele outro “Técnicas de origami – nível I”. Nesta hora, é interessante praticar a difícil arte do desapego e deixar que aquelas obras sejam úteis para outras pessoas.
 
Comigo aconteceu isso, ontem, nos dois sentidos!
 
Primeiro, com muito esforço e abnegação, consegui desprender-me emocionalmente dum excelente livro, ainda praticamente intocado, adquirido em 2009 para o estudo dum assunto hoje totalmente longe dos meus interesses. Lembrei logo do amigo para quem aquela obra seria importante e, satisfeito e aliviado, presenteei-o com ela.
 
A surpresa veio à tarde, quando voltava ao lar. Apareceu uma pilha de livros diversos em excelente estado, na calçada do vizinho, que estava de mudança e aproveitou para fazer o mesmo exercício de desapego.
 
Havia muitos livros bons, em especial para quem gosta de estudar a língua portuguesa: gramáticas, dicionários, romances etc. Eu achava que minha estante ia ficar um pouco mais vazia, mas agora estou satisfeito com as novidades!
 
Acabou sendo um aprendizado. Como uma espécie de ciclo de vida dos livros. Se fosse um ser vivo, o maior pesadelo para um livro seria ficar preso numa estante intocado, ou ainda pior, guardado em caixas em lugares escuros e úmidos. Um livro existe para ser lido, para ensinar algo a alguém!
 
Daqui para a frente, terei menos dificuldade em praticar esse desapego, e dar aos “meus livros” atuais a chance de cumprirem seu propósito, que é deixar a vida de alguém mais rica e feliz!

Compartilhe: bit.ly/CicloDesapego